segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ARMY of TWO


Logo de começo já digo que as opiniões que pretendo deixar aqui são apenas isso mesmo: opiniões. São observações muito pessoais sobre a experiência com algumas mídias como cinema e jogos. Aquela sensação legal ( ou não ) de quando se termina um game ou ver os créditos do filme subirem a tela.

Começo com um jogo bem bacana que comprei logo depois de descobrir as vantagens de se comprar pelo Ebay, antes disso eu tinha de recorrer ao Mercado Livre ou mesmo aos preços abusivos dos jogos originais que são vendidos por aqui.

Esse jogo foi Army of Two, da Eletronics Arts.

Dois Rangers do exército norte americano são contratados por uma organização militar privada, a SSC ( Security and Strategy Corporation ), para uma missão de eliminação de um ditador na Somália. Bem sucedida, a missão é a porta de entrada dos heróis nesse grupo e cumprem serviços ao redor do globo sempre agindo como uma dupla de mercenários, o “Army of Two” do titulo. A SSC em pouco tempo torna-se uma grande empresa particular se envolvendo cada vez mais em conflitos mundiais abrindo uma discussão a possível privatização do exército. Logo, os dois descobrem uma conspiração interna da qual podem fazer parte um executivo do topo e os terroristas do 11/9. Decididos à descobrir o que de fato acontece, Salem e Rios partem por conta própria em uma missão suicida entre traição e vingança.

O que me chamou a atenção foi a mecânica de cooperação que o jogo vende. Video games tiveram uma linha muito estreita entre experiências solitárias e diversão dividida e sem dúvida poder compartilhar com um amigo enriquece a jogatina.

Os personagens são bem carismáticos e logo de cara dá pra identificar suas diferenças. Enquanto Tyson Rios exibe cicatrizes no rosto sisudo de um badass nível dez, Elliot Salem e suas tatuagens incorporam o lado mais descontraído da dupla. Parte dessa simpatia com os protagonistas vem dos diálogos que eles trocam durante as missões além de os programadores terem separado um botão no controle só para que os dois soldados possam manisfestar interações entre eles: um aperto de mão, um tapa na cabeça, etc.

Os gráficos.

Pra mim, algo que sempre conta bastante em qualquer jogo é a parte gráfica. Não precisa ser um gráfico embasbacante mas se for apropriado já ajuda. E esse game tem um visual e direção de arte muitíssimo competentes. As animações dos personagens são bem naturais e parece que tiveram o cuidado de manterem assim, com cara e reação mais realistas e não aqueles movimentos pré-programados genéricos. Só senti falta de uma maior variedade entre os inimigos e também alguns chefes de fase mais marcantes.

Claro que o capricho maior são Tyson e Elliot. Os dois Rangers são de um design que até podem fazer parte de um padrão mas são feito de um modo mais realista que o geral. Eles parecem mesmo soldados mercenários, guerreiros urbanos com equipamentos e proteções que embora carregadas não chegam a parecer impossíveis de se sustentar como algumas armaduras.

Agora o que dá a identidade são as mascaras dos caras! Puta merda que demais! Assistir a última temporada de 24 horas me deu até uma saudade desse jogo. Quem viu sabe porque. Essas mascaras de hóquei do inferno com certeza aterrorizariam seus inimigos e dariam um baita enfeite de parede. Ah, e os cinematics são dos mais classudos. Só poderia ter uma opção para vê-los como extras.

A jogabilidade.

O jogo oferece uma ótima resposta aos comandos. São muitas ações como zoom, troca de armas entre os parceiros, seleção de granadas e tal como qualquer jogo de ação de hoje em dia mas está tudo em seu lugar o que diminui o tempo para memorizar tudo. A mira tem precisão suficiente e há também a possibilidade de sincronizar tiros de precisão com os dois jogadores. Há também o sistema chamado “Aggro” que consiste em um dos jogadores chamar atenção dos inimigos com tiros enquanto o outro aproveita essa distração para eliminá-los com mais facilidade. Ainda temos uma situação em que os dois ficam de costas um para o outro e encaram uma grande quantidade de soldados em câmera lenta. Sensacional.

Como disse o jogo é em parceria, se não tiver um amigo disposto dá pra se virar com a inteligência artificial, dando comandos à ela e com sorte o parceiro responde apropriadamente e à tempo para salvá-lo nos momentos difíceis. Mas o legal é dividir a tela local com um chapa. Também dá pra jogar on-line com opções para aumentar o tempo de vida do game, que é um pouco.

A história.

Pontos fortes e fracos se equilibram. A história é previsível, sem revira-voltas surpresa, você sabe que vai encarar aquele cara que não bate com o seu santo logo no começo mas é o suficiente para o que o jogo propõe, combates, camaradagem e dinheiro. A trama é linear onde você vai conquistando fases que se passam entre alguns países como Somália, Iraque e China terminando nos Estados Unidos. Tudo uma desculpa para você acumular grana e melhorar o equipamento e armas e comprar máscaras novas. O bom trabalho foi mesmo a dedicação aos dois, que como parceiros funcionam muito bem e vão costurando e solidificando a amizade entre eles fase apos fase tornado-os ainda mais carismáticos, você quer ver como essa amizade continua depois do jogo, em novas missões.

Enfim, virou um daqueles jogos que vez ou outra volto a jogar. É um pouco curto mas a breviedade é compensada pela diversão. Não fez muito barulho durante seu lançamento mas vale muito a pena. Equipe suas melhores armas, amarre o cadarço do coturno e vista sua máscara mais assustadora, esse game merece atenção.

4 balas no tambor, faltam 2. A campanha é curta e falta variedade nos inimigos.

Army of Two, 2008

PS3, Xbox 360

Eletronic Arts Montreal

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